Segurança é a segunda de sete necessidades que toda criança tem, segundo o autor John M. Drescher, autor de Sete necessidades básicas da criança.
Ela pode agarrar-se a um cobertor, arrastar um ursinho ou boneca de pano para onde quer que vá, como um símbolo dessa segurança. A criança tem uma necessidade íntima de certeza, de sentir-se segura, de ter chão sólido sob os pés.
Algumas situações/cenários podem desencadear a insegurança na criança. Atenção: um fator isolado não necessariamente irá resultar em uma criança insegura.
Essa lista não é para trazer culpa. É para trazer cuidado e, se um desses fatores for inevitável (uma mudança, por exemplo), nos dá um alerta de uma atenção redobrada que devemos ter com nossos filhos.
O que prejudica o senso de segurança na infância
Conflito entre os pais
Poucas coisas são mais ameaçadoras para uma criança do que ver aqueles que conhece melhor, de quem sua vida depende, como inimigos brigando continuamente.
Porém, eventualmente, se a criança ver os pais terem alguma indiferença mas as resolverem com amor, ela estará mais preparada para enfrentar situações de conflito.
Mobilidade
Mudanças frequentes de bairro, escola, cidade podem contribuir para a insegurança da criança, especialmente se ela não tiver laços profundos estabelecidos com familiares e amigos.
Falta de disciplina adequada.
A falta de limites promove insegurança porque a criança não sabe até onde pode ir efetivamente. As crianças mais inseguras são aquelas provenientes de lares onde não existem regras de comportamento estabelecidas.
Ausência dos pais
Fisicamente, mas também do ponto de vista relacional. Ausência de conversa, de diálogo, de preocupação.
Críticas contínuas
Uma criança sempre criticada se sente rejeitada e incapaz. Não consegue acreditar que pode desenvolver algo de bom, assim, manifesta insegurança em projetos no qual se envolve. “A criança sente-se abatida quando julga que os pais não gostam dela, constantemente a criticam e não têm tempo para ela – ou se sente que não é desejada.
Pais inseguros
Geralmente têm grande dificuldade em prover disciplina consistente. Eles mudam de um para outro extremo. Vão da permissividade ao castigo, dependendo de como se sentem na hora, normalmente sentem-se culpados após uma correção.
O que traz segurança para a criança?
É claro que eliminar ou diminuir os fatores acima é uma maneira de promover segurança na infância. Mas existem ainda mais possibilidades.
Segurança entre o pai e a mãe
O amor que o pai e a mãe têm um pelo outro é o mais importante desses fatores.
Um amor generoso e contínuo dos pais pela criança
Para sentir-se segura, a criança precisa ser carregada, abraçada, cuidada e ouvir palavras de afeto. O amor ajuda a criança a enfrentar desafios.
União na família
As nossas principais lembranças de infância sempre envolvem momentos em família, não é mesmo?
Rotina regular
Horas certas para fazer as coisas promove segurança!
Disciplina adequada
É comprovado que crianças que são disciplinadas (ensinadas sobre o certo e errado, corrigidas em seus comportamentos, orientadas sobre os limites da vida) têm mais segurança!
Influência do toque
Muito carinho, colo e toque ao se comunicar. Carregar a criança com frequência e tocá-la ao falar-lhe são forças psicológicas positivas que promovem a segurança íntima, a satisfação e os bons relacionamentos (…) tudo isso ajuda a criar proximidade e um relacionamento sólido.
Esse é um trecho da fala do autor: “Pais excessivamente permissivos, indecisos, que deixam o filho à mercê de cada capricho ou impulso são uma verdadeira ameaça à segurança dele. O filho jamais sabe o que se espera dele ou o que pode ou não fazer. A disciplina, administrada imparcialmente, com amor, promove a paz e a ordem na vida da criança”.
Sentimento de pertencer
A ideia de pertencer é uma necessidade psicológica profunda. Para a criança, sentir que pertence à família é essencial para sua segurança, autoestima e senso de dignidade.
A segurança emocional e espiritual é muito mais importante do que a segurança econômica e física. Até mesmo uma criança pode suportar a pobreza, a fome, o sofrimento e o perigo de maneira admirável, caso possua segurança emocional e espiritual.
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